FUTURO
A educação de má qualidade, em especial a básica e a técnica, como ocorre no Brasil, vai desaguar em uma série de problemas que inevitavelmente servirão como freio para o desenvolvimento do País. Mesmo após duas décadas de estagnação e apenas um recente período de crescimento, o Brasil já sente os efeitos da falta de investimento na formação de seus cidadãos. Setores como o da construção civil, tão acostumado a se locupletar com a fartura de profissionais pouco qualificados – e consequentemente baratos –, já têm dificuldade de encontrar trabalhadores que saibam operar as modernas máquinas que agora precisam usar. O mesmo ocorre na inovação, crescente no Brasil, é verdade, mas muito aquém de países em franco desenvolvimento.
Não há dúvida de que o Brasil finalmente encontrou o caminho que pode levá-lo ao desenvolvimento, deixando de ser, finalmente, o eterno país do futuro. Mas o caminho para trazer ao presente os eternos sonhos de potência de Primeiro Mundo é tortuoso, íngreme e com muitos obstáculos. “Não podemos nos deixar levar pelas circunstâncias favoráveis do momento. Precisamos aceitar que nossa sociedade ainda é desorganizada, tem pouca educação e pouco poder de articulação”, diz Finho Levy, diretor do Fórum de Líderes Empresariais. É fato. Não se resolve um problema sem conhecê-lo.

